quarta-feira, 30 de abril de 2014

Câmara aprova aposentadoria especial para policial mulher

Câmara aprova aposentadoria especial para policial mulher


A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei complementar que reduz para 25 anos o tempo mínimo de contribuição para que mulheres policiais obtenham aposentadoria. A proposta obteve 343 votos a favor, 13 contra e duas abstenções. Como já foi aprovada pelo Senado, segue agora para sanção presidencial.
Atualmente, o tempo de serviço exigido é o mesmo para homens e mulheres da categoria – 30 anos, com ao menos 20 anos no serviço estritamente policial. Com o texto, apenas para mulheres, a aposentadoria será concedida após 25 anos de trabalho, com pelo menos 15 de atuação na polícia.
O benefício abrange policiais civis, militares e rodoviários. De acordo com a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), cerca de 4 mil mulheres serão beneficiadas. Durante a votação, mulheres policiais lotaram as galerias do plenário da Câmara e foram convidadas pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a ocupar a Mesa Diretora.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou a proposta e defendeu que ela fosse derrubada. Segundo ele, a redução do tempo de serviço vai prejudicar a Previdência Social e outras categorias poderão vir a reivindicar tratamento semelhante.
“A Previdência não comporta. Temos que repensar a Previdência Social por inteiro, porque senão continuaremos fazendo puxadinhos sem prever o que pode significar para o futuro. Alguém pode indagar: ‘por que só para as policiais?’. Temos que caminhar para uma Previdência Social única”, argumentou.
No entanto, a maioria das lideranças partidárias defendeu o projeto dizendo que a Constituição Federal já prevê tratamento diferenciado entre homens e mulheres com relação ao tempo de serviço para a aposentadoria – 35 anos de contribuição para homens e 30 para mulheres.
“Não há novidades. A Constituição já estabelece esse tratamento diferenciado”, declarou o líder do PPS, Rubens Bueno (RJ).
Ao final da sessão, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que se Dilma vetar o projeto, vai buscar derrubar o veto no Congresso.
(G1) 

TJ e Fundat promovem cursos para vítimas de violência doméstica


O Tribunal de Justiça de Sergipe, através da Coordenadoria da Mulher, celebrou na manhã desta terça-feira, dia 01, um convênio com a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho – Fundat, para a promoção de cursos de qualificação a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

A ação faz parte do Projeto Conectando com o Social – desenvolvido pela Coordenadoria da Mulher - e visa contribuir para a formação profissional das mulheres vítimas de violência, com o encaminhamento realizado pelo juiz responsável pelo acompanhamento do processo.
De acordo com o Presidente do TJSE, Des. Cláudio Dinart Déda Chagas, o convênio possibilitar a independência da mulher vítima de violência. “A pessoa vítima de violência doméstica e familiar prefere, na maioria das vezes, permanecer em casa com o agressor porque é este quem provê o alimento. Mas se a vítima tiver uma qualificação e uma renda poderá encontrar o incentivo para se afastar do agressor”.
Segundo a previsão inicial, serão ofertadas duas vagas a cada 100 turmas de cursos profissionalizantes de formação inicial e continuada. A Presidente da Fundat, Gláucia Guerra, destacou que os cursos atendem ao universo da capacitação profissional e oficinas livres para formação do mercado de trabalho e para auferir renda. E acrescentou: “Aquelas mulheres que porventura não tenham ainda a carteira de trabalho, a Fundação irá possibilitar sua emissão, através da parceria que temos com a Delegacia Regional do Trabalho. Então, a mulher será oportunizada a capacitação profissional e a regularização para o mercado de trabalho”.
A FUNDAT é o segundo parceiro do Tribunal de Justiça de Sergipe no Projeto Conectando com a Vida. Em outubro de 2013, o convênio foi firmado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para a disponibilização gratuita de vagas em cursos profissionalizantes nas unidades de Aracaju, Itabaiana, Lagarto e Tobias Barreto para mulheres que sejam encaminhadas pelo Judiciário.
A Juíza Coordenadora da Mulher, Adelaide Moura, lembrou que tais convênios atuam em duas vertentes. “Primeiro, busca a valorização da mulher e o resgate do ser humano. Se a violência ocorre dentro da própria casa, o que sobra daquela mulher que está sendo vítima? Em segundo, o convênio possibilita uma quebra no ciclo da violência, no sentido da mulher vítima receber capacitação técnica-profissional para poder se desvincular daquele potencial ofensor, que, na maioria das vezes, é o provedor da casa”, explicou a Magistrada.

Senadora fala do déficit da Defensoria Pública


A Senadora Maria do Carmo Alves (DEM) destacou na última quinta-feira (18) levantamento feito pela Associação Nacional dos Defensores Públicos - ANADEP - em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta a falta de Defensores Públicos em 72% das comarcas brasileiras.
Em Sergipe há uma média de 100 Defensores a menos que o necessário para atender as demandas dos sergipanos, pontuou Maria.
A parlamentar por Sergipe ressaltou o importante papel exercido pelas Defensorias, responsáveis por garantir assistência jurídica gratuita às pessoas carentes ou com baixo poder áquisitivo-financeiro. As Defensorias atendem aquelas pessoas carentes que não têm condições de constituir advogados, argumentou a parlamentar, observando que o levantamento mostra que a Defensoria Pública só está presente em 754 das 2.680 comarcas do país.
O déficit total de Defensores no Brasil é de 10.578 profissionais, citou a Senadora, pontuando que, de acordo com a pesquisa, dos 8.489 cargos de Defensor Público criados em todo o país, apenas 5.054 estão ocupados (59,5%).
Com isso, muitos profissionais acabam tendo que atender a mais de uma comarca, de forma itinerante ou em extensão. Maria citou que outro dado da pesquisa mostra que na grande maioria das comarcas brasileiras, a população tem só Juiz e acusação, sem o Defensor, que, em tese, deveria cuidar dos interesses jurídicos da parte da população que não pode contratar um advogado particular.
Fonte: ANADEP

Prêmio Mulher de Negócios está com inscrições abertas

Em Sergipe,  as mulheres tem se destacado no comando das empresas
Já estão abertas as inscrições para a décima edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. A iniciativa busca identificar, selecionar e premiar os relatos de vida de mulheres empreendedoras que conseguiram transformar seus sonhos em realidade e servem de inspiração para outras pessoas do mesmo gênero.
O processo de inscrição é totalmente gratuito e pode ser realizado no endereço eletrônico, na sede do Sebrae em Sergipe, localizada na Avenida Tancredo Neves, 5.500, Bairro América, ou em um dos seus escritórios nas cidades de Estância, Propriá, Lagarto, Itabaiana e Nossa Senhora da Glória. O processo pode ser realizado até o dia 31 de julho.
As interessadas podem participar da disputa em três categorias: pequenos negócios, produtora rural e empreendedora individual. A premiação é composta pelas etapas estaduais e a nacional, em que estarão reunidas representantes de todas as unidades da federação e que foram vencedoras de suas respectivas categorias.
Os relatos escritos pelas mulheres são avaliados por uma equipe de técnicos do Sebrae. Após a primeira etapa de análise, as selecionadas recebem uma visita de uma equipe de avaliadores para conhecer in loco a veracidade dos relatos. Em seguida, um júri decide quem serão as vencedoras.
As campeãs estaduais recebem um troféu, passam a ter o direito de participar de qualquer curso do Sebrae ou receber horas de consultoria em gestão. As vencedoras nacionais, por sua vez, além dos prêmios já citados, também são premiadas com uma viagem internacional.
O prêmio é realizado por meio de uma parceria entre o Sebrae, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW) e a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
Mulheres em destaque
Em Sergipe, as mulheres tem se destacado no comando das empresas. Entre 2001 e 2011 o número de mulheres responsáveis pelo comando  de um negócio passou de 69 mil para 93 mil. Esse crescimento, de quase 40%, levou o estado a conquistar o terceiro lugar no ranking de empreendedorismo feminino no país.
Hoje as sergipanas já são responsáveis pelo comando de 35,8% das micro e pequenas empresas – aquelas com faturamento de até R$ 3,6 milhões. Em 2001, esse percentual era de apenas 19,2%. O levantamento mostra que essas empresárias são predominantemente jovens (50,2% delas possuem entre 18 e 39 anos), chefes de família (40%), possuem ao menos um filho (70%) e também desempenham atividades domésticas (95% delas).
Fonte: Sebrae

Mulheres brasileiras perdem posição relativa na política mundial


 (Agência Patrícia Galvão, 28/04/2014) O ano de 2014 marca o aniversário dos 82 anos do direito de voto feminino no Brasil. Desde a conquista de 1932, as mulheres brasileiras obtiveram diversas vitórias: tornaram-se maioria da população e do eleitorado; conquistaram maior esperança de vida e menores taxas de mortalidade; adquiriram níveis crescentes de educação, ultrapassando os homens em todos os níveis de ensino; elevaram as taxas de participação no mercado de trabalho, reduzindo os diferenciais de gênero nos rendimentos totais; são maioria dos beneficiários da previdência e do Programa Bolsa Família; trouxeram duas das três medalhas de ouro nas duas últimas olimpíadas (Pequim e Londres) e conquistaram diversas vitórias na legislação nacional.
Porém, na política parlamentar as mulheres brasileiras estão praticamente estagnadas e perdendo posição em relação ao resto do mundo. A luta contra a exclusão feminina da política tem crescido desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Entre 1945 e 1995 a participação feminina cresceu mas se manteve baixa no Brasil e no mundo. Em 1995, houve a 4ª Conferência Mundial de Mulheres, em Beijing, que propôs a adoção de políticas de cotas para aumentar o empoderamento feminino. Neste ano, a participação feminina na Câmara de Deputados estava em torno de 12% no mundo e 6% no Brasil.
Nos dezenove anos depois da Conferência de Beijing, os avanços das mulheres nos parlamentos do mundo foram maiores do que nos cinquenta anos anteriores. Segundo a Inter-Parliamentary Union (IPU), as mulheres mundiais ultrapassaram 22% de participação na Câmara dos Deputados ou em Parlamentos Unicamerais (Lower ou Single House). Todavia, a participação feminina no Brasil permeceu abaixo de 10% e a diferença entre as taxas brasileiras e mundiais nunca foi tão alta (13,5%), como em 2014. Isto quer dizer que as mulheres brasileiras estão perdendo posição relativa em relação às demais mulheres dos diversos países do mundo.
No ranking da IPU, os países que possuem a mesma taxa de participação feminina aparecem empatados com o memso número de classificação. Desta forma o Brasil estava em 71º lugar em 01 de janeiro de 1997 e em 125º lugar em 01 de fevereiro de 2014. Contudo, no ranking global (considerando quantos países estavam na frente) o Brasil aparecia em 103º lugar em janeiro de 1997 e em 158º lugar em fevereiro de 2014. Portanto, o Brasil perdeu participação relativa e as mulheres brasileiras possuem uma das taxas de participação no Parlamento mais baixas do mundo.
Em 1997, em termos de equidade de gênero na política parlamentar, o Brasil perdia para todas as regiões, menos para os países Árabes. Mas em 2014, perde inclusive para os países árabes que passaram de 3,3% em 01/01/1997 para 17,8% em 01/02/2014, enquanto o Brasil passou de apenas 6,6% em 01/01/1997 para 8,6% em 01/02/2014. Ruanda é o único país com maioria feminina (atualmente com 63,8%) e Andorra possui paridade com 50% de deputados para cada sexo.
Como explicar esta situação em que as mulheres brasileiras avançam na maioria das áreas de atividades na sociedade, mas ficam para trás na política parlamentar?
Como explicar que nas eleições de 2010 as duas mulheres que disputavam a Presidência da República tiveram dois terços dos votos (Dilma Rousseff com 47.651.434 de votos – 46,9% – e Marina Silva com 19.636.359 de votos – 19,3%), mas foram eleitas apenas 8,6% de deputadas federais?
Como explicar que o Brasil tenha uma mulher na Presidência da República – esteja na frente dos Estados Unidos e da França que possuem longa tradição democrática mas nunca tiveram mulheres na Chefia do Executivo – porém fique em 158º lugar no ranking mundial de participação feminina parlamentar?
Os diversos Institutos de Pesquisa do país já mostraram que o eleitorado não só não discrimina as mulheres, como tem uma visão positiva da participação feminina na política. A prova mais cabal que o problema da baixa participação feminina na política não está no eleitorado é que, como mostrado acima, nas eleições de 2010 havia 9 candidatos à Presidência (7 homens e 2 mulheres) e o resultado do primeiro turno mostrou que dois terços (67%) dos votos foram para as mulheres.
Portanto, o problema da desigualdade de gênero na política não pode ser imputado ao eleitorado. Tudo indica que a razão do problema está nos partidos políticos que não conseguem abandonar suas práticas misóginas. São os políticos do sexo masculino que controlam os principais cargos dentro dos partidos e os espaços públicos de poder. Controlam também os recursos financeiros e o processo de escolha de candidaturas. Diversos estudos mostram que a principal barreira da participação feminina está na máquina partidária e no processo de definição das listas eleitorais e de organização das campanhas.
Para aumentar a participação feminina na política no Brasil é preciso alterar a participação das mulheres na estrutura de poder dos partidos políticos. No dia 10 de maio de 2011, militantes (de ambos os sexos) dos partidos progressistas e de movimentos sociais estiveram reunidas, em Brasília, no auditório Petrônio Portella, no Senado, no seminário “As mulheres e a reforma política”. Na ocasião definiram, dentre outros pontos, a necessidade de participação paritária de homens e mulheres em todos os cargos de representação partidária, nos níveis nacional, estadual e municipal.
A participação com paridade de gênero na política é fundamental. Não só na estrutura partidária, mas a paridade precisa ser instituida nas secretarias municipais e estaduais e no ministério federal. A equidade de gênero precisa ser implementada também nos altos Tribunais do Poder Legislativo e até nas diretorias das empresas privadas. No processo eleitoral é preciso garantir a paridade nas listas eleitorais e paridade no acesso aos recursos da campanha eleitoral.
Tem crescido a parcela da opinião pública que defende uma maior presença pública feminina. Pesquisa Ibope, que faz parte de um levantamento global de opinião pública realizado em 65 países pela rede WIN, mostrou que 41% dos brasileiros acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as mulheres fossem maioria no mundo político. Assim, é possível se atingir a igualdade de oportunidade entre os sexos na família, na sociedade e na política.
Se os partidos quiserem podem oferecer igualdade de disputa para homens e mulheres nas eleições gerais de 2014. Para 2018, existe uma proposta do Senador Anibal Diniz (PT-AC) de garantir paridade de gênero quando houver eleições para a renovação de dois terços do Senado Federal, reservando uma vaga para as candidatas mulheres. A proposta é excelente do ponto de vista da equidade de gênero, pois garantiria, de imediato, uma representação feminina no Senado Federal de pelo menos 33% dos assentos. Caso aprovada, poderia mitigar uma desigualdade histórica e garantir maior justiça na representação de gênero no Poder Legislativo. Porém, esse tipo de ação afirmativa deveria ser estabelecido por um tempo limitado, por exemplo, durante duas ou três eleições, até que as mulheres conseguissem maior igualdade de oportunidade na disputa eleitoral. Do contrário, do ponto de vista da representação democrática, reduziríamos a autonomia e a soberania dos eleitores.
Mas tudo pode mudar já nas eleições de 2014, quando se comemora os 82 anos do direito de voto feminino no Brasil. Se os partidos derem espaço e apoio para as candidaturas femininas para deputados federais e estaduais e para senadores e governadores, o Brasil pode dar um salto no ranking mundial, deixando de ficar na lanterninha da América do Sul e deixando de perder posição para países como Iraque, Afeganistão, Moçambique, Sudão e outros com menores níveis de desenvolvimento e maiores índices de desigualdade social de gênero.
No dia 05 de outubro de 2014 (data do primeiro turno das eleições 2014) o Brasil pode dar um salto no ranking mundial de participação feminina na política. Mas para tanto é preciso que as convenções partidárias, que devem ocorrer de 10 a 30 de junho (período definido no artigo oitavo da Lei das Eleições – Lei nº 9.504/1997 e seguindo as regras da Lei n° 12.034/2009), garantam uma boa participação das mulheres nas listas partidárias e que haja apoio total para as candidaturas femininas durante a campanha eleitoral.
*José Eustáquio Diniz Alves é doutor em demografia e professor titular do mestrado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. Telefone: (21) 2142.4689; E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Feministas falam sobre a mulher na mídia e regulação

Feministas falam sobre a mulher na mídia e regulação

 (Pueblos – Revista de Información y Debate, 29/04/2014) As mulheres brasileiras são constantemente coisificadas para a venda de produtos e a conquista das audiências. Um modelo de mídia concentrado em apenas seis famílias de grande poder, uma cultura machista e a maximização dos lucros são algumas das chaves para entender por que os grandes veículos de comunicação apresentam um modelo único de mulher e ocultam a grande diversidade existente no Brasil. Esse vídeo conta com depoimentos de Terezinha Vicente e Rita Freire, da Rede Mulher e Mídia; Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão; Íris Miranda, psicóloga e ativista; e Melissa Miranda, jornalista e ativista.

Brasil tem apenas 12% de prefeitas, apesar de avanços na década

Mulheres comandam apenas 675 prefeituras do País, enquanto os homens controlam a maioria das cidades (4.895)
Apesar de estarem ganhando mais espaço na sociedade e de o Brasil ter uma mulher à frente do Executivo Federal, a inserção feminina na política não se repete nas esferas municipais. As mulheres são prefeitas de apenas 12% das cidades do País, segundo pesquisa Munic, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (30), sobre a situação de todos os 5.570 municípios do Brasil.
Segundo o IBGE, as mulheres estão à frente de 675 prefeituras do País. Apesar da baixa quantidade de prefeitas, esse número dobrou em relação à mesma pesquisa realizada em 2001, quando apenas 6% das cidades tinham uma mulher à frente do Executivo.
A pesquisa aponta que as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste são as que têm mais mulheres no Executivo Municipal proporcionalmente em relação aos homens. Segundo o IBGE, o Nordeste tem 295 prefeitas em 1.794 cidades (16,44% do total da região). A região Norte tem 57 das 450 prefeituras comandadas por mulheres (12,66%). Na região Centro-Oeste são 54 prefeitas (11,56%) em 467 cidades.
A região Sudeste tem 170 prefeitas em 1.668 cidades (10,19% do total) e a Sul tem apenas 8,3% (99) das 1.191 cidades chefiadas por mulheres.
Entre os Estados, o Rio Grande do Norte e a Paraíba são os que apresentam maiores percentuais de prefeitas com 18,7% e 17,4%, respectivamente. Por outro lado, o Acre não tem mulheres à frente de prefeituras.
O Rio Grande do Sul, que tem apenas 37 cidades que elegeram prefeitas, ou seja, 7,44% de um total de 497, e Santa Catarina, que tem prefeitas em apenas 23 cidades – 7,79% do total de 295-, são os Estados com os menores percentuais de mulheres à frente do Executivo Municipal.
Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres têm maior participação em cidades com populações menores, entre 12% e 14% para aqueles com até 50 mil habitantes, quando começa a decair esta proporção, situando-se em 3% nas cidades com mais de 500 mil habitantes.
Idade e escolaridade
A pesquisa também indicou que as prefeitas são ligeiramente mais jovens que os homens. A idade média deles se manteve estável entre 2005 e 2013, em 48 anos, e a delas está em torno de 47 anos.
Quanto à instrução, mudanças significativas ocorreram, segundo a pesquisa, no período de 2001 a 2013, no que se refere à escolaridade dos prefeitos em geral. Neste período, houve um aumento de 50% dos gestores que têm curso superior (ou mais) completo ou incompleto – passando de 40% em 2001 para 60% em 2013. A pesquisa indicou ainda que entre os 762 gestores que têm pós-graduação, 20% são mulheres.
Enquanto o percentual de prefeitos e prefeitas que alcançaram o ensino médio (completo ou não) oscila em torno dos 30% no período de 2001 a 2013, o percentual daqueles com o curso fundamental teve queda de 28% para 10%. “Assim, seja pela maior qualificação dos candidatos, seja pela maior exigência dos eleitores, ou por ambos os motivos, observa-se maior escolarização geral para este cargo executivo no País”, diz a pesquisa.
A pesquisa indicou ainda que as prefeitas representam 18% de todos os executivos municipais na faixa de 19 a 30 anos. Ainda de acordo com o IBGE, esse percentual vem caindo entre todas as faixas até chegar aos 9% entre aqueles com 61 anos ou mais.
Acesse no site de origem: Mulheres são prefeitas de apenas 12% das cidades do Brasil, diz IBGE (Último Segundo, 30/04/2014)