terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sergipe é destaque nacional em empreendedorismo feminino

Percentual de mulheres proprietárias de um negócio cresceu quase 40% em dez anos

O número de mulheres proprietárias de um negócio em Sergipe cresceu quase 40% no período de dez anos, o que levou o Estado a alcançar o terceiro lugar no ranking de empreendedorismo feminino no país. Entre 2001 e 2011 elas passaram de 69 mil para 96 mil. As informações constam no Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Dieese.

Em Sergipe, as mulheres já são responsáveis pelo comando de 35,8% das micro e pequenas empresas – aquelas com faturamento de até R$ 3,6 milhões. Em 2001, esse percentual era de apenas 19,2%. Em dez anos o número de homens donos do próprio negócio aumentou de 152 mil para 186 mil.

O estudo aponta que essas empresárias são jovens (50,2% delas possuem entre 18 e 39 anos e 42,7% de 40 a 64 anos), chefes de família (40%), possuem ao menos um filho (70%) e também desempenham atividades domésticas (95% delas). Elas exercem suas atividades principalmente no Comércio, sobretudo na venda de roupas, acessórios e calçados. Os setores de Serviços e Indústria também abrigam considerável número de empreendimentos femininos.

O nível de escolaridade também é maior entre as mulheres empreendedoras do que entre os homens. Mais de 40% delas têm nível superior completo ou mais, enquanto o percentual no sexo masculino é de 32%. Entre 2001 e 2011, o número médio de anos de estudo das mulheres cresceu 20%, passando de 7,0 anos para 8,4 anos.

“As mulheres estão ocupando mais espaço no mercado e buscando a qualificação necessária para empreender com sucesso. Isso é extremamente importante para a nossa economia, já que as empresas criadas por elas estão cada vez mais sólidas, resultando na geração de mais empregos”, destaca o superintendente do Sebrae em Sergipe, Lauro Vasconcelos.

Sobrevivência

Um outro estudo do Sebrae divulgado este ano revelou ainda que aumentou também, no mesmo período, o tempo de sobrevivência das empresas comandadas por mulheres. O percentual de empreendimentos criados há mais de cinco anos passou de 48% para 54%, enquanto o índice de negócios criados há menos de dois anos caiu de 30% para 25%.

Os dados mostram que as mulheres ainda apresentam faturamento inferior aos homens. Mais de 70% delas recebem até dois salários mínimos, enquanto entre os homens esse percentual é de 59%. Por outro lado, o rendimento médio real das empresárias, já descontada a inflação, cresceu 41% nos últimos dez anos, quatro por cento a mais que entre os homens.

De acordo com o estudo, as empreendedoras contam com acesso mais facilitado aos meios de comunicação e informação que os homens. Quase 95% delas possuem telefone fixo ou celular em casa, 54% têm microcomputador e 48% contam com acesso à internet. O percentual entre os homens foi de 89%, 44% e 37%, respectivamente.

Para incentivar cada vez mais o empreendedorismo feminino, desde 2004 o Sebrae realiza anualmente o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Ao longo dos anos, a premiação registrou um aumento no número de empreendedoras. Em 2012, contou com 5,4 mil inscrições em todo o Brasil. A etapa estadual registrou 42 finalistas.

Por: Wellington Amarante

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