segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Maysa Reis comanda Réveillon Com Amor

Maysa Reis comanda Réveillon Com Amor 2014
Dj Cello e Banda Duas Medidas também animam a festa
Maysa Reis é uma das atrações do Réveillon Com Amor 2014
A chegada de 2014 tem tudo para ser contagiante no Réveillon Com Amor. Ao som de Maysa Reis, Duas Medidas e DJ Cello, sergipanos e turistas poderão conferir uma das festas mais disputadas de Aracaju.
O evento, que acontece nesta terça, 31, a partir das 23h, terá buffet All Inclusive assinado por David Brito. "Será uma festa muito bem animada e organizada, como em todas as edições anteriores. Já estamos com tudo pronto para quem quer receber o novo ano em grande estilo", disse a assessora de comunicação do evento, Osanilde Oliveira.
Os interessados poderão adquirir seus ingressos na Central do Ticket (Shopping Riomar) ao preço de R$ 200 (individual), R$ 1.100 (mesa - 4 lugares - setor 1), R$ 1.300 (mesa - 4 lugares - setor  pavimentado) ou R$ 2.400.000  (mesa - 8 lugares - setor areia). Cada mesa terá direito a uma garrafa de whisky 8 anos e uma garrafa de champanhe).
Outras informações pelo 3219-2069.
Maysa Reis comanda Réveillon Com Amor 2014
Dj Cello e Banda Duas Medidas também animam a festa
Maysa Reis é uma das atrações do Réveillon Com Amor 2014
A chegada de 2014 tem tudo para ser contagiante no Réveillon Com Amor. Ao som de Maysa Reis, Duas Medidas e DJ Cello, sergipanos e turistas poderão conferir uma das festas mais disputadas de Aracaju.
O evento, que acontece nesta terça, 31, a partir das 23h, terá buffet All Inclusive assinado por David Brito. "Será uma festa muito bem animada e organizada, como em todas as edições anteriores. Já estamos com tudo pronto para quem quer receber o novo ano em grande estilo", disse a assessora de comunicação do evento, Osanilde Oliveira.
Os interessados poderão adquirir seus ingressos na Central do Ticket (Shopping Riomar) ao preço de R$ 200 (individual), R$ 1.100 (mesa - 4 lugares - setor 1), R$ 1.300 (mesa - 4 lugares - setor  pavimentado) ou R$ 2.400.000  (mesa - 8 lugares - setor areia). Cada mesa terá direito a uma garrafa de whisky 8 anos e uma garrafa de champanhe).
Outras informações pelo 3219-2069.
Maysa Reis comanda Réveillon Com Amor 2014
Dj Cello e Banda Duas Medidas também animam a festa
Maysa Reis é uma das atrações do Réveillon Com Amor 2014
A chegada de 2014 tem tudo para ser contagiante no Réveillon Com Amor. Ao som de Maysa Reis, Duas Medidas e DJ Cello, sergipanos e turistas poderão conferir uma das festas mais disputadas de Aracaju.
O evento, que acontece nesta terça, 31, a partir das 23h, terá buffet All Inclusive assinado por David Brito. "Será uma festa muito bem animada e organizada, como em todas as edições anteriores. Já estamos com tudo pronto para quem quer receber o novo ano em grande estilo", disse a assessora de comunicação do evento, Osanilde Oliveira.
Os interessados poderão adquirir seus ingressos na Central do Ticket (Shopping Riomar) ao preço de R$ 200 (individual), R$ 1.100 (mesa - 4 lugares - setor 1), R$ 1.300 (mesa - 4 lugares - setor  pavimentado) ou R$ 2.400.000  (mesa - 8 lugares - setor areia). Cada mesa terá direito a uma garrafa de whisky 8 anos e uma garrafa de champanhe).
Outras informações pelo 3219-2069.
Maysa Reis comanda Réveillon Com Amor 2014
Dj Cello e Banda Duas Medidas também animam a festa
Maysa Reis é uma das atrações do Réveillon Com Amor 2014

A chegada de 2014 tem tudo para ser contagiante no Réveillon Com Amor. Ao som de Maysa Reis, Duas Medidas e DJ Cello, sergipanos e turistas poderão conferir uma das festas mais disputadas de Aracaju.
O evento, que acontece nesta terça, 31, a partir das 23h, terá buffet All Inclusive assinado por David Brito. "Será uma festa muito bem animada e organizada, como em todas as edições anteriores. Já estamos com tudo pronto para quem quer receber o novo ano em grande estilo", disse a assessora de comunicação do evento, Osanilde Oliveira.
Os interessados poderão adquirir seus ingressos na Central do Ticket (Shopping Riomar) ao preço de R$ 200 (individual), R$ 1.100 (mesa - 4 lugares - setor 1), R$ 1.300 (mesa - 4 lugares - setor  pavimentado) ou R$ 2.400.000  (mesa - 8 lugares - setor areia). Cada mesa terá direito a uma garrafa de whisky 8 anos e uma garrafa de champanhe

Infonet- Outras informações pelo 3219-2069.

Angélica Guimarães faz balanço dos trabalhos da AL

Angélica Guimarães faz balanço dos trabalhos da AL

A presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), fez um breve balanço dos trabalhos legislativos no ano de 2013. A parlamentar revelou os números que marcaram o ano na Casa, dos projetos às indicações aprovadas ou não.  Angélica avalia que o ano foi intenso e bastante produtivo e agradeceu a somação de todos os parlamentares, de situação e de oposição.
Ao fazer sua avaliação, sobre o encerramento dos trabalhos, Angélica Guimarães agradeceu o apoio e a compreensão dos deputados e deputadas estaduais, dos servidores da Casa, a imprensa e toda a sociedade sergipana. “Somos todos passivos de erros, mas, nos esforçamos para que os acertos prevaleçam. Como presidente faz parte da minha vida conduta, não apenas pregar a democracia, mas praticá-la”.
Angélica falou também em respeitar as opiniões divergentes por entende que o diálogo parte de sua rotina. “A democracia é para mim um modelo de vida. As discussões, debates, divergências são instrumentos que permeiam a democracia, e por isso servem como matriz que enriquece e valoriza o parlamento, sempre ávido pela conquista definitiva de uma completa conscientização do nosso pleno Estado Democrático de Direito”.
A presidente da Assembleia disse que muitas vezes lhe cobram pressa, “mas quando temos que decidir diante do interesse público, com suas consequências, envolvendo o futuro do Estado e da sociedade que representamos, o bom senso nos exige coerência, cautela e firmeza”, disse, completando que “é salutar que, ao encerrarmos mais uma etapa do mandato que o povo nos outorgou, possamos refletir sobre o nosso papel como pessoas públicas escolhidas para representar os interesses da população sergipana”.
Angélica Guimarães destacou que no período de, 1º de fevereiro a 23 de dezembro de 2013, foram realizadas 154 sessões ordinárias, uma sessão solene para posse do governador, 105 sessões extraordinárias (sem qualquer vantagem remuneratória para os parlamentares), 17 sessões especiais, sendo apresentadas 3.317 proposituras, com 2.848 destas sendo aprovadas, cinco arquivadas, 13 deferidas, 46 prejudicadas e 11 retiradas.
Ainda no ano de 2013 a Assembleia Legislativa teve 501 indicações e 350 delas já foram aprovadas. Apenas um ficou prejudicada e outra que foi retirada. 30 moções foram aprovadas e um projeto de emenda constitucional. Vale destacar que foram aprovados 184 projetos de lei, assim como 10 projetos de lei complementar, sendo outros dois ainda tramitam na Casa. O ano ainda teve 22 resoluções aprovadas.
Foram ainda dois decretos legislativos aprovados. Só requerimentos apresentados foram 2.426, sendo que 2.249 foram aprovados, cinco foram arquivados, 13 deferidos e 45 ficaram prejudicados e 10 foram retirados. “Por estes números já se observa que o ano legislativo foi intenso e bastante produtivo. Estamos conscientes e convictos do dever cumprido. Daqui saíram leis e encaminhamentos que tornaram o nosso povo como os únicos vencedores”.
Angélica concluiu dizendo que foi um período de muito trabalho e definições importantes para o Estado de Sergipe. “A democracia esteve presente em cada dia de atividade em nosso parlamento. No plenário ou na sala de comissões, os trabalhos alcançaram pleno êxito. Agradeço a Deus por me dedicar paciência, perseverança e cuidado nas ações à frente deste poder legislativo. Agradeço a toda a minha família e aos colegas parlamentares, aos servidores da Casa, em especial, aos que fazem minha assessoria, fieis escudeiros do serviço. Muito obrigada a todos e que tenhamos um venturoso ano de 2014”.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Parturientes ficam sem atendimento no Santa Isabel

As parturientes que necessitaram de atendimento médico na maternidade Santa Isabel tiveram que se deslocar até outra unidade de saúde ou retornar para casa. Isso porque neste domingo, 29, cartazes afixados na porta da unidade informam que o plantão tinha sido suspenso.
Desde as 6h40 da manhã, Eliene Souza de Jesus aguarda notícia da cunhada que chegou a maternidade em trabalho de parto. “Ela só foi atendida porque já veio parida, mas até o momento não temos notícia dela. As grávidas que estão chegando, estão indo embora para Socorro porque não tem atendimento. Dizem que está sem anestesiologista”, conta.
Maria Julia de oliveira Santana, natural do município de Maruim, também aguarda notícia da nora que foi levada para dentro da unidade de saúde, mas ainda não teve a criança.
Recepção
Um aviso afixado na parede informa que o plantão está fechado 
Na portaria, a informação passada pela recepcionista Ana Mendonça é de que o atendimento somente será feito em caso de emergência, sendo que a orientação da direção, até segunda ordem, é para não fazer ficha das grávidas que necessitam de consulta.
A orientação é para que as gestantes procurem a maternidade de Nossa Senhora de Lourdes ou a de Nossa Senhora do Socorro.
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da maternidade que ficou de entrar em contato com a direção da unidade e dar um posicionamento, mas até o fechamento da matéria, não mantiveram contato com o Portal. Continuamos à disposição pelo 2106-8000 ou pelo jornalismo@infonet.com.br
Por Aisla Vasconcelos

Obama promulga lei contra a violência sexual nas forças armadas

O Globo) O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira um projeto de lei que adota medidas para conter as agressões sexuais dentro das forças armadas. A assinatura coroa uma campanha de uma ano de duração liderada por vários senadores para abordar o flagelo do estupro e outras agressões sexuais na forças armadas. De acordo com estimativas do próprio Pentágono, esses ataques teriam afetado 26 mil militares no ano passado.
Leia na íntegra no Portal Compromisso e Atitude:

ONU: Relatório sobre mulheres afegãs mostra casamentos forçados e violações

Diário Digital) A ONU Mulheres lançou um relatório sobre experiências violentas vividas durante 30 anos, entre 1978 e 2008, por mulheres afegãs, cujos depoimentos relembram episódios de violência física ou sexual e falam sobre o seu trauma psicológico. Os depoimentos foram recolhidos pela ONU Mulheres em sete províncias, incluindo Cabul e Kandahar.
Para a agência, o relatório «Como um Pássaro com Asas Quebradas» dá voz às civis afegãs a quem «foi negado um lugar na História».
A agência nota que as mulheres ficaram especialmente vulneráveis durante o regime talibã, com medo de que os filhos fossem sequestrados. Muitas afegãs contaram que não acreditam em justiça para os criminosos.
Segundo a ONU Mulheres, as violações são muitas vezes tratadas pelo código penal afegão como adultério e tanto o responsável como a vítima podem enfrentar sanções criminais. Em alguns casos, as mulheres são obrigadas a casar com o violador para «manter a sua honra».
Outro destaque do relatório vai para os casamentos forçados. Uma mulher conta que aos 14 anos, foi obrigada pelo próprio pai a casar-se com um homem de 65 anos. O pai tinha medo de que a filha fosse sequestrada pelos talibãs. O marido morreu cinco anos depois, deixando-a com dois filhos.
Já uma residente de Kandahar relata que aos 13 anos foi vendida a um homem estranho para que o pai pudesse saldar as suas dívidas. Outra afegã foi obrigada a casar-se com um comandante dos talibãs.
Segundo a ONU Mulheres, metade das entrevistadas tinham entre 10 e 14 anos de idade quando foram forçadas a casar-se. O relatório conclui que violações e outras formas de violência sexual foram usados como arma de guerra e que o conflito exacerbou os casamentos forçados.
A ONU Mulheres pede ao governo do Afeganistão que ponha um fim imediato à cultura da impunidade e garanta que os autores de crimes de violência contra mulheres e meninas sejam responsabilizados pelos seus actos.

Prefeitura de SP pode instalar câmeras em ônibus para coibir assédio a mulheres

Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo) A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, levou à pasta de Transportes a ideia de instalar câmeras em ônibus para coibir assédio a passageiras em São Paulo. A proposta, que teve boa aceitação na equipe de Jilmar Tatto, prevê que os novos coletivos tenham equipamentos capazes de identificar os autores de ofensas a mulheres.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Entrevista com Adelia Pessoa, presidente da CDDM OAB/SE

Entrevista Adélia Pessoa, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE/ PRESIDENTE  da Comissão Nacional  de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM(Instituto Brasileiro de Direito de Família) 

 Adélia Moreira Pessoa  - Professora-Adjunta do Departamento de Direito da UFS (Aposentada) . Professora  de Direito de Família e Sucessões; Promotora de Justiça Aposentada(MPE).  Diretora Cultural da ASMP (Associação Sergipana do Ministério Público). Advogada - Presidente da CDDM/OAB-SE ( Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher- OAB/SE). Membro da Diretoria Nacional do IBDFAM (Presidente da COMISSÃO NACIONAL  DE GÊNERO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DO IBDFAM ) . Pesquisadora do Grupo de Pesquisa A Hermenêutica Constitucional Concretizadora dos Direitos Fundamentais e seus reflexos nas relações sociais. Autora de várias publicações.

 Folha Exclusiva Mulher-  A senhora está à frente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB?SE . Como ela tem atuado em prol das mulheres?
Dra Adélia-  A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher foi criada pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Sergipe, em agosto de 2012, tendo em vista que, por lei, possui a OAB a finalidade, dentre outras, de defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas     (art. 44 EOAB - Lei 8906/94). Desde então tenho presidido esta Comissão que conta com abnegados advogados e advogadas que se desdobram neste trabalho voluntário.

Ao criar a CDDM, entendeu a Presidência da seccional Sergipe da OAB que há necessidade de atenção especial ao enfrentamento à discriminação e ao preconceito em razão de gênero, especialmente considerando que o Brasil ratificou a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher  e Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e outros tratados internacionais pertinentes à matéria, incluindo tais preceitos em seu ordenamento jurídico. Além disso, a constituição brasileira estabelece que, dentre os objetivos fundamentais do Estado Democrático de Direito (CF/88, art.3º, I e IV), figura a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 

Convém lembrar que, apesar da existência de igualdade no plano formal, permanecem na sociedade muitas formas de discriminação e violência em razão de gênero. Na época da Constituinte – quando eu era Conselheira Federal da OAB - a nossa luta era para o reconhecimento constitucional da igualdade entre homens e mulheres, tendo a Constituição de 05 de Outubro de 1988 acolhido, até diríamos, de maneira pedagógica - repetindo em vários artigos - essa igualdade (artigos 5º, 7º, 226). Hoje a nossa pauta é outra: buscamos a efetivação dos direitos, tema de presença indispensável na teoria jurídica contemporânea. Norberto Bobbio já alertava que “o problema fundamental em relação aos direitos do homem , hoje, não é tanto o de justificá-los, mas o de protegê-los...”( BOBBIO, N. A era dos direitos).
Assim a IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES HÁ DE SER CONSTRUÍDA, CONCRETIZADA NO VIVER SOCIAL. Dentre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das Nações Unidas, figura o objetivo 3, o de promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
AVANÇAMOS muito, sem dúvida...  Mas a discriminação e violência contra a mulher ainda continuam, existindo um desafio constante: a concretização da norma... A Comissão tem atribuições de atuar no acompanhamento das medidas para concretização da igualdade de gênero, na mobilização pelo reconhecimento dos direitos das mulheres e especialmente contra a violência de Gênero.

Assim tem trabalhado a Comissão no sentido de articulação com as demais instâncias correlatas à sua área de atuação, incentivando o intercâmbio de informações com os demais operadores da rede de atenção à mulher, em uma somação de esforços, com o TJSE, através da Coordenadoria da Mulher do TJSE e 11ª. Vara Criminal de Aracaju, competente para os feitos Maria da Penha, com o Ministério Publico, com as Delegacias da Mulher de Aracaju e interior do estado,  Defensoria Pública, Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do estado (SEPM), Secretários Municipais e Estaduais ,  Conselho Estadual de Educação, Poder Legislativo, etc.

Além disso, a CDDM/OAB-SE vem buscando atuação articulada com outros órgãos e instituições que possam contribuir nesta área, especialmente as instituições de Ensino Superior do Estado de Sergipe, já tendo várias tratativas com a UFS, UNIT, Estácio-FaSE, FANESE e PIO DÉCIMO, inclusive com a assinatura de TERMOS DE CONVÊNIO/COOPERAÇÃO TÉCNICA  com as IES de nosso estado, na convicção de que é necessário aprofundar os debates e pesquisas sobre as questões de gênero, em uma visão multidimensional do problema.

A abordagem da questão da violência de gênero como um fenômeno social que exige ações públicas enfrenta diversas resistências. Primeiramente é importante considerar a ideia, ainda remanescente em nossa cultura, de que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Além disso, ainda persistem compreensões limitadas na conceituação “das violências”: que tipos de comportamentos cada um dos parceiros nomeia como “violência”? O que os “outros” entendem como “violência”? Qual o seu limite em uma relação familiar? É urgente desconstruir mitos e estereótipos que ainda permeiam a nossa sociedade, inclusive entre os operadores de direito.

Alguns desafios precisam ser superados para a  efetivação do enfrentamento à violência de gênero, por exemplo, a dificuldade e instabilidade das mulheres, em situação de violência, para denunciar e manter a denúncia; a incompreensão e a resistência de alguns agentes sociais responsáveis pelos atendimentos e encaminhamentos; a falta de apoio efetivo para as mulheres em situação de violência, no âmbito privado e público; a falta de programa eficaz de atendimento ao homem autor da agressão e os elevados índices de reincidência específica.

É preciso ter sempre presente que a  violência contra a mulher é violência contra a família e as intervenções do estado precisam ir muito além da responsabilização criminal do autor, enfatizando-se o exercício da cidadania das mulheres, as possibilidades de acesso à rede de serviços e  à Justiça, buscando-se a implementação de ações educativas de prevenção, o fortalecimento das redes de atendimento e a capacitação de seus profissionais. 

2.  Folha Exclusiva Mulher- A senhora participou ativamente dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, que terminou no último dia 10. Quais foram as diretrizes do movimento e quais os reflexos na melhoria de vida para as mulheres?
Dra Adélia - A diretriz maior que norteia a CDDM/OAB( Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher/OAB- SE)  é sintetizada em um lema: "Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos"  (Warren Bannis)
Entendo que nosso papel maior tem sido a mobilização das várias instâncias da sociedade e do Estado, no âmbito dos entes federados - Estado e Municípios - independentemente de vinculações político-partidárias,  no sentido de dar maior visibilidade  à violência e discriminação contra a mulher. Assim louvamos o compromisso de daqueles que, de uma forma ou de outra, participaram da Campanha – por mote próprio ou porque se sentiram motivados para tanto através dos inúmeros parceiros dessa ‘cruzada’, como eu denomino a ação pelo fim da violência e superação dos preconceitos e estereótipos de Gênero.

Acredito que o nosso trabalho deve ser a sensibilização de todos no sentido de percepção dos preconceitos, da discriminação e violência que ainda persistem, estando muitas vezes à frente de nossos olhos sem serem vistos...Os reflexos para a mulher ocorrerão a médio prazo, na medida em que toda a mulher possa ter efetiva autonomia e ser protagonista de sua própria história, à medida em que os padrões sexistas possam ser desconstruídos.
Digo sempre que falamos no Gerúndio: caminhando.. superando...enfrentando. Estamos caminhando...


3.  Folha Exclusiva Mulher - Em pleno século 21, uma grande parte dos homens continua achando que a mulher é de sua propriedade. O que a senhora acha que contribui para esta mentalidade retrógrada?
Dra Adélia - Essa é uma questão complexa, pois envolve padrões culturais, valendo salientar que  o comportamento diferenciado do masculino e do feminino em sociedade é aprendido, institucionalizado e transmitido de geração em geração.

A diferenciação de papéis a serem desempenhados pelo homem/ mulher era (ou ainda é?) ‘fundamentada na própria natureza’(?) que teria demarcado espaços para os sexos. Sabe-se, entretanto, que os papéis são definidos culturalmente entre agentes imersos em relações de poder distribuído de modo desigual entre os sexos.  Assim, filósofos, religiões, médicos e até, eventualmente a ciência, serviram para reforçar a crença na inferioridade do sexo feminino e as normas jurídicas foram instrumento de sujeição da mulher através dos séculos, contribuindo para a herança do silêncio, discriminação e da violência. 

A cultura milenar engendrou a sobreposição do masculino em relação ao feminino com as antinomias: racional/ irracional, ativo/passivo, pensamento/sentimento, razão/ emoção, poder/sensibilidade, objetivo/subjetivo. E isso reflete até hoje em nosso cotidiano.

A criação dos meninos e meninas desde cedo vai construindo as desigualdades. Além das cores azul e rosa, há brinquedos das meninas voltados para a maternidade, para a vida doméstica, enquanto os brinquedos dos meninos levam à lógica das ações, a maior agressividade e poder(por exemplo, muitos ainda dizem a dois irmãos quando saem: “tome conta de sua irmã”).

De tudo isso, resulta a formação das masculinidades, cuja carga cultural ainda está presente no agir, sentir e pensar de alguns homens, com “mentalidade retrógrada”, como você diz.


4.  Folha exclusiva Mulher - Ao ser violentada física ou moralmente, quais as primeiras atitudes que uma mulher deve tomar para reverter o quadro, em sua opinião?
Dra Adélia- Deve procurar ajuda de imediato.   Familiares,  a Polícia, Serviços de Saúde ou de Assistência Social, a Defensoria Pública, se for o caso. É muito difícil a mulher conseguir sair sozinha, sem qualquer apoio, da situação de conjugalidade violenta, porque ela se vê envolvida num CICLO DA VIOLÊNCIA em que episódios violentos são sucedidos por períodos de reconciliação, pedidos de perdão e a mulher, muitas vezes, acredita que o autor da agressão irá mudar.

Se for caso de violência que estiver ocorrendo, deve ser acionado o 190 para que seja preso o autor e lavrado o flagrante na Delegacia Plantonista, se no período da noite ou nos fins de semana/ feriados.  Se o fato ocorre em período de funcionamento do DAGV (horário comercial) ou não é caso de flagrante, a mulher é atendida na DELEGACIA DA MULHER, parte do DAGV (Em Aracaju, na R. de Itabaiana com Estância). As medidas protetivas para a mulher podem ser requeridas ao juiz pela delegacia. A lei ainda prevê o encaminhamento da ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou atendimento; recondução da ofendida e a de seus dependentes ao domicílio, após afastamento do agressor; proteção dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; separação de corpos. Outras medidas de assistência previstas: inclusão da mulher em situação de risco em programas assistenciais do governo federal, estadual  ou municipal; acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, em sede policial e judicial.

A mulher agredida, quando for o caso, pode procurar os Serviços de Saúde e o Relatório do médico serve como prova nos casos de lesões corporais. Após os atendimentos pelos profissionais de saúde da rede pública ou privada, constatando-se SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, há de ser feita pelo serviço médico a NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (semelhante ao que ocorre com doença contagiosa).

Se a violência é sexual deve a mulher, com urgência, procurar a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju, que tem serviço de atendimento 24 horas, com ginecologistas de plantão e equipe multidisciplinar que podem dar o atendimento adequado a vítimas de violência sexual de todo o estado.

5.  Folha Exclusiva Mulhe -A comissão tem recebido apoio governamental para trabalhar em conjunto no que se refere à proteção dos direitos da mulher?
Dra Adélia- A Comissão tem sempre trabalhado em parceria com pessoas, órgãos e instituições que se manifestam sensíveis ao enfrentamento deste desafio de enfrentamento à violência de Gênero. Além de várias Secretarias Estaduais, como a SEPM, Secretaria de Direitos Humanos, Educação, Saúde, também há parcerias significativas com o Poder Judiciário, Ministério Público e o Poder Legislativo, inclusive através da Escola do Legislativo. É indispensável ressaltar a importância da Resolução Normativa 01/2013 do Conselho Estadual de Educação que  recomendou às instituições educacionais integrantes do Sistema de Ensino do Estado de Sergipe, pertencentes à rede pública e privada, autorizadas a ofertar os diferentes níveis e modalidades da Educação Básica, a inclusão dos conteúdos programáticos e atividades que tratem dos direitos da mulher e outros assuntos com o recorte de gênero. O SESI também é excelente parceiro.
Por outro lado, devem ser destacadas as parcerias com municípios, especialmente o Município de Aracaju que, através das diversas Secretarias, vem desenvolvendo atividades de sensibilização para as questões de enfrentamento à violência de gênero.  Todos viram os ônibus de Aracaju ostentando o LAÇO BRANCO na Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra a mulher , Campanha de âmbito Internacional que foi objeto no Brasil da Lei  11.489/2007  que instituiu o dia 6 de dezembro como o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Também com o Município de Socorro já tivemos várias tratativas com as secretarias municipais.
Vale lembrar ainda a essencial parceria com as Instituições de Ensino Superior como a UNIT, UFS, PIO X, FaNESE, FASE e ainda o IFES.
É necessário destacar que este é um problema de todos. Gosto de repetir um pensamento que procuramos aplicar: “...os três primeiros mandamentos são: descruzar os braços, jamais perder a esperança e nunca caminhar sozinho” .


6.  Folha Excluisva Mulher - O número de casos de violência só cresce, a que a senhora atribui esse fenômeno?   
Da Adélia - Entendo que a violência contra a mulher é um problema secular no Brasil. O que chega à Polícia e à Justiça é  apenas a ponta do iceberg. Hoje há maior visibilidade dessa violência, pois a mulher busca as delegacias e a justiça quando a violência torna-se intolerável ou porque confia que terá um alívio em seu sofrimento. 

Sem dúvida, houve um aumento do número de ocorrências policiais após a vigência da lei Maria da Penha(2006), e, um aumento de inquéritos policiais e de ações penais na Justiça, especialmente após a decisão do STF, de 09 de fevereiro de 2012, no sentido de considerar a lesão corporal decorrente de violência doméstica um crime de ação penal pública incondicionada, isto é, cabe ao Ministério Público denunciar o agressor, não podendo a mulher desistir, após registrado o fato na polícia. A continuidade da ação penal independe da vontade da vítima.

Sabemos que o conflito é uma realidade da vida humana. Pode-se produzir em todos os lugares e tempos em que encontrem duas pessoas ou mais em interação, bastando para isso que se produzam discrepâncias de expectativas, valores ou de interesses. Pode exteriorizar-se nas relações sociais, familiares, de trabalho e afetar toda a comunidade. No conflito que chega à violência, podemos vislumbrar uma  relação interpessoal, em um dado  contexto  onde se desenvolve, devendo ser vista como ato e processo.

Assim também, a violência de gênero não pode ser vista como um ato isolado – ela emerge de uma combinação complexa de fatores históricos, econômicos, culturais, sociais, institucionais, interacionais, familiares, pessoais em um contexto onde a mulher, apesar do reconhecimento da igualdade nas leis, ainda, muitas vezes, é tratada como inferior. Já se disse  que a violência de gênero "é uma forma de micropoder e ocorre sem distinção de credo, classe social, etnia; não se restringe ao lar, mas tem nele sua origem".

É preciso enfatizar que durante séculos, o espaço da casa privatizou  os conflitos domésticos e a violência contra a mulher( violência esta que foi legitimada pela cultura) - e o direito regulou o poder disciplinar marital.

Há milênios esta cultura de sujeição da mulher foi sendo construída... Não será de forma rápida que mitos, preconceitos e estereótipos serão desconstruídos. A vigência de uma lei pode ajudar, funciona como co-adjuvante, como um dos fatores para o fim da violência. É preciso que toda a sociedade se mobilize e nunca é demais enfatizar o papel fundamental da educação. Sabemos que mudanças dos padrões sexistas, de condutas e atitudes preconceituosas não ocorrem como consequência automática da sociedade democrática.

É fundamental  fomentar  processos de educação formal e não-formal, inclusive através da participação efetiva da mídia, de modo a contribuir para a construção da cidadania, da pluralidade, da igualdade de gênero e do respeito à diversidade.
 

Goretti Reis recebe elogios por “gestão transparente” na Saúde de Aracaju

Goretti Reis recebe elogios por “gestão transparente” na Saúde de Aracaju
A secretária da Saúde de Aracaju, Goretti Reis participou nesta sexta-feira, 20, da 10ª Reunião do Colegiado Interfederativo Estadual (CIE) e da última reunião de 2013 do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde do Estado de Sergipe (CosemSE), que também celebrou 25 anos de existência. Na ocasião, Goretti foi elogiada por sua atuação diante da Saúde Municipal e também foi condecorada com um prêmio por parte do CosemSE, por sua atuação entre 2001 e 2002 enquanto presidente do órgão.
Segundo a secretária estadual de Saúde, Joélia Silva, a gestão de Goretti Reis para com a Saúde de Aracaju foi superior ao esperado por parte da sociedade sergipana. “Goretti foi a melhor parceira que tivemos no município de Aracaju, independente das questões partidárias, a atuação dela proporcionou melhores ofertas, garantiu acessos, garantiu o suporte necessário que o SUS precisa para continuar atuando de forma correta. Preocupa-me muito que seu substituto não venha dar continuidade ao projeto que Goretti está deixando. Sabemos que a pasta da Saúde é complexa e que muitas vezes ela foi mal interpretada, por não ter cedido a certos acordos, porém Goretti, nas parcerias que fez, soube agir corretamente. Deixo aqui meu agradecimento pelo empenho que ela empregou juntamente comigo para que trouxéssemos para o SUS de Sergipe apenas melhorias”, enfatizou Joélia.
Segundo o atual presidente do CosemSE, Saulo Eloi Filho, o evento  foi elaborado para celebrar e discutir as ações empregadas em 2013 por parte do CosemSE. Saulo  enalteceu a atuação de Goretti enquanto presidente em sua época e também atualmente enquanto militante da causa do SUS em Sergipe, sempre focada em buscar o melhor para os aracajuanos.
Para o secretário executivo do CosemSE, Salviano Mariz, , a data serviu para homenagear os antigos presidentes que deram suas contribuições em prol da saúde de Sergipe. “Goretti está entre os nomes que participaram do CosemSE e deu sua contribuição como presidente e enquanto secretária da Saúde de Lagarto. Sempre foi uma gestora empenhada e comprometida com a causa do SUS e por isso merece esta homenagem”, disse Salviano.
Goretti falou dos desafios encontrados na sua gestão, mas que atuou para amenizar as complexidades que é trabalhar com o SUS em prol do atendimento ao cidadão aracajuano, trazendo melhorias rápidas e eficazes.
“Tivemos que descer dos palanques para fazer o SUS funcionar em Aracaju e consequentemente em Sergipe. Fizemos uma gestão transparente e com acesso, melhorando os procedimentos e os atendimentos em nossas Unidades. O importante é que sempre atuamos em parceria com a Secretária Estadual de Saúde, em nome da secretária Joélia Silva que sempre nos apoiou em prol de um sistema SUS claro e com benefícios diretos para o povo. A participação do CosemSE também merece ser frisada por todo o apoio e assistência em nossa caminhada para que com isso conseguíssemos replanejar a gestão anterior em prol de melhorias para a saúde municipal. Em um ano de gestão mudamos o sistema de marcação de exames, pagamos 71% da dívida deixada pela antiga administração, otimizamos as negociações com nossos parceiros através de contratos de prestação de serviços à população”, disse Goretti.
A Secretária frisou que está saindo da Saúde de Aracaju porque deseja e não por ceder às pressões de adversários políticos. “Tenho a consciência tranquila em nome de minha militância enquanto profissional de saúde. Não fiz mais porque não foi me dadas às oportunidades. Tudo que fiz foi para o povo aracajuano e por entender a saúde de forma técnica, seguindo o que é correto e eficaz para a população. Espero que todos que passem por cargos públicos e também pelo CosemSE possam dar sua contribuição para o crescimento do sistema de saúde em nossa Capital e em Sergipe”, enfatizou.
Pediatria
Goretii aproveitou a ocasião para anunciar uma grande conquista para o povo aracajuano. “Negociamos com o Hospital Santa Isabel e vamos oferecer cirurgias pediátricas aos aracajuanos. A oferta foi regulamentada e contamos com o apoio da secretária Joélia para fechar o contrato que ofertará tais procedimentos”, revelou.

Confira na íntegra o discurso de Goretti
Mais um ano se encerra. Nessa época é comum nós gestores utilizarmos os espaços de diálogo para uma prestação de contas. Dizer dos avanços, dos desafios superados da melhora dos serviços; do muito que foi feito e do muito que ainda temos por fazer. Se me detivesse a fazer isso, certamente teríamos muito a contar: aumento de oferta, redesenho de contratos, ampliação de acesso, diminuição de filas entre outros.
Infelizmente o que aparece na mídia, por mais que tenhamos nos esforçados, por mais que tenhamos lutado incessantemente, nunca é a parte positiva que aparece, e sim a falta de medicamentos, de insumos, os plantões não fechados...
Todo político sabe que esses fatos são potencializados politicamente para desestabilizar; para minar, para desgastar e nós atores políticos temos que ter compreensão de que não vivemos num ambiente de verdades e de boa-fé; mas num ambiente hostil. De maledicências e de ataques muitas vezes injustos e sempre exagerados.
Mas, é  também preciso assumir que existem falhas; que existem dificuldades e que existem problemas. Então, sempre olhando para o futuro, decidi que ao invés de falar sobre o que fizemos, resolvi falar sobre o que podemos fazer.
Incontestavelmente o SUS vive um momento de redefinição. Aquele SUS que eu, Joélia e tantos outros que com tanto carinho e amor cuidamos, não existe mais. Ele avançou e chegou à adolescência, requer outra abordagem, outros cuidados.
As demandas não param de crescer e a capacidade de resposta do atual modelo de Gestão do SUS está esgotada. Depois de um ano à frente da Secretaria de Saúde da Capital sedimentei a certeza de que o modelo de gestão adotado e imposto pelo Ministério da Saúde ao SUS não dará resposta às demandas desse efervescente SUS.
Sem a desconcentração de recursos financeiros para os municípios e sem a adoção de um modelo de gerenciamento eficiente não chegaremos a lugar algum. Não dá  pra melhorar. Estamos no ponto de esgotamento gerencial. O orçamento da UNIÃO para 2014 é de R$2,5 trilhões de reais. Não faltam recursos para o SUS. Falta distribuição equânime dos recursos do SUS. Não precisa criar um imposto para a Saúde. Basta que o Ministério da Saúde reparta o bolo financeiro ao invés de dar migalhas aos Municípios que cada dia adquirem mais obrigações.
Além de concentrar recursos, o Ministério da Saúde adota um modelo de atuação reativo que propõe soluções pontuais e festivas a problemas estruturais. Os programas do Ministério não resolvem as profundas questões do SUS. Eles servem apenas a interesses políticos. São “analgésicos de gestão” que maquiam a ferida sem cuidar da infecção.
Passada a eleição a cortina de fumaça se dissipa e quando os problemas ressurgem (ainda mais graves e maiores) os únicos culpados que são enxergados pela população são os secretários de Saúde. O resultado dessa perversa realidade é o crescimento da popularidade dos gestores federais e um crescente no descrédito da população nos Serviços Públicos de Saúde e em nós gestores de saúde.
No popular: "eles fazem as besteiras e sobra pra gente".
É preciso mudar essa realidade. Mais uma vez o SUS exige de nós indignação, revolta, inconformismo e revolução. É hora de voltarmos às lutas de base, não as lutas de base de bandeiras partidárias como hoje se vê, mas a luta de base dos que amam e defendem verdadeiramente o SUS.
E como sempre ocorreu nos momentos históricos do SUS, o CosemSE é o local e o instrumento próprio para se fomentar essas mudanças. A provocação então que deixo nesse fim de ano é que voltemos às nossas origens. Vamos fortalecer o CosemSE como instância e a caixa de ressonância de todos os gestores de saúde. Vamos parar de agir individualmente a agir coletivamente.
O modelo de gestão do SUS está com metástase. Soluções pontuais ou individuais propostas a cada caso ou a cada gestor individualmente não vão resolver o problema da população e em reflexo, todos nós gestores de saúde afundaremos. A ideia de uma sobrevida isolada na qual aquele gestor mais bem relacionado ou mais aquinhoado que acha pode sobreviver e ter sucesso é uma ideia falsa.
O SUS é  único. O sucesso ou o fracasso de cada gestor de saúde é o sucesso e o fracasso de todos os gestores de saúde e se não temos culpa individual pelos problemas do SUS, coletivamente nossa responsabilidade é inegável.
Parece que com o tempo perdemos a capacidade de empreender uma defesa coletiva do SUS. Os Conselhos de Secretários de todas as esferas, com honrosas exceções, foram cooptados, aparelhados e perderam a capacidade e a legitimidade de expor pontos de vista, de defender ideias, de se contrapor tecnicamente às propostas que se desalinham com os interesses da Gestão eficiente do SUS. Meu desejo para 2014 é um CosemSE forte e unido, lutando pelas transformações que o SUS exige e que a população brasileira merece e precisa.
Mas é natal colegas e 2013 já é ano findo. Aproveito então a oportunidade para agradecer a todos os que me acompanharam e me auxiliaram em 2013. A todos os que sofreram e vibraram comigo nesse difícil ano, meu muito obrigada do fundo do meu coração. Aproveito também a oportunidade para desejar a todos um Feliz Natal e um 2014 de vitórias, um 2014 de paz, alegria, sucesso e de muita saúde para todos nós!
Que DEUS nos abençoe e meu muito obrigada”.